O PULSO AINDA PULSA

 


Medicações são produtos os quais dois terços da população mundial consome. Veja bem, eles podem ser industrializados ou homeopáticos , mas falemos a verdade, desde primórdios tanto o que conhecemos como senso comum, ou as industrias formulam doses de placebo ou então o que eu vou chamar de fontes colaterais causadas por um medicamento ingerido anteriormente. Essa fonte de renda é tão assimilada que ao sair de um consultório ou mesmo após de uma tradicional xícara de chá, o paciente busca por um antidoto para o que vou chamar tratamento. Seremos cobaias ou mercado consumidor, isso é fato, tanto na alma como no corpo temos feridas abertas e se tivermos sorte, cicatrizando, desde o fio de cabelo até a unha dos pés. Além do biológico temos o metafisico que pode ser considerado uma extenção e o oposto deve também ser considerado, mas quando é possível identificar quando a origem parte de circunstâncias especificas? Em primeiro lugar consideremos o núcleo familiar, em meu caso, tenho o privilégio de ter uma verdadeira digamos “Alquimista”conhecedora de ervas e de suas derivações entre chás e pomadas, minha mãe e antes dela minha avó, sem nenhum registro em livro acumulam conhecimento de benzimentos e xaropes capazes de curar simples resfriados e até mesmo ter um repertório de “simpatias” para afastar o “mau olhado” e o que chamamos de “espinhela caída”. Esse repertório terá variações de nomes e sintomas de acordo com a região do nosso país, e sera ligado ao folclore de seu estado e tradições indígenas, também relacionado as religiões de matriz africana, ao catolicismo e espiritualismo, tendo a tradição oral como uma de suas perpetuações mais fortes e repassado as gerações futuras em algum nível e grau independente do avanço tecnológico (mas será mesmo?). 



Um diagnóstico é feito e sintomas são identificados, logo em seguida o tratamento é prescrito e a “medicação” é homeopática e espiritual, não duvidem que essa tradição se perdeu em 2024 do século XXI. Outro ponto de nossa  explanação é a observância de um não negacionismo, me refiro ao recorte que estudo, pois e pessoa que toma o chá de boldo não deixa de consultar o médico, pelo contrário, um é a extenção do outro, mas infelizmente em um quadro geral de nível nacional tivemos sim um negacionismo durante a pandemia nos anos em que o vírus da COVID - 19 esteve atuante e muitas pessoas não se vacinaram optando pela auto medicação, em outra oportunidade trataremos desses casos, o recorte agora é a procura pelos profissionais de saúde e a confiança no tratamento por eles receitado. Ao longo da historia a medicina teve um papel importante no desenvolvimento das cidades  e impérios, reis e rainhas, apesar de manterem o clero e até mesmo um “departamento metafisico” não deixaram de ter seu corpo de médicos que os atendiam e inclusive em seus exércitos, havia uma atenção aos feridos para evitar a proliferação de doenças. Claro que em cada época houve configurações diferentes nas ciências e medicina, inclusive em demérito das classes mais pobres, mas em algum nível o senso comum que comentamos no inicio de texto era o refugio da plebe na Europa, principalmente no período da peste negra causado entre outros fatores, pela falta de higiene das cidades causando a proliferação de pragas e ratos, coisa não observada no oriente médio e Asia, podemos acompanhar esse processo nos links deste canal. Mas voltando ao século XXI, temos um quadro diferente, além de termos uma industria farmacêutica  e aqui no Brasil o Sistema único de saúde (SUS), e uma grande rede de clinicas particulares, temos casos de pessoas com hipocondria que é uma doença mental grave que faz com que uma pessoa acredite ter uma doença, mesmo sem provas médicas. As pessoas com hipocondria podem ter um medo excessivo da morte e procurar constantemente médicos e fazer exames. 

Também podem sentir muita ansiedade e nervosismo em relação à sua saúde e procurar diferentes opiniões de especialistas. Sendo assim minhas amigas e amigos temos categorias de causas, a primeira composta por pessoas que estão com doenças e necessitam  de tratamento, mas não tem acesso ao SUS, devido ao sucateamento de unidades, falta de médicos especialistas e medicamentos, uma segunda categoria que tem acesso aquisitivo as clinicas particulares e comprar os remédios e a terceira os hipocondríacos que ocupam o acesso de quem realmente precisa, não que não haja doença, mas é  um caso psicológico que também precisa de cuidados para não ingerirem remédios sem necessidade se automedicando.


O mal do século XXI seriam os problemas mentais como estresse, ansiedade e demais causas psiquiátricas? Eu acredito que sim, esses últimos levam ao alcoolismo e consumo de drogas ilícitas e licitas receitadas ou não, fazendo que os efeitos colaterais de todos estes problemas sejam o real motivo do desequilíbrio. Me entendam, o que proponho não é um concurso de quem é o mais doente, mas sim a busca por objetividade no diagnostico e o cuidado com os efeitos colaterais e também o negacionismo, pois todos nós estamos em risco seja por causas naturais psicológicas e biológicas, além do sentimento de que não é problema meu, todos nós somos culpados, não tentamos nem tentar, não basta só ficar parado esperando algo mudar. Oremos ao poder superior, façamos nossos exames e identifiquemos causas reais, existem falsos médicos e clinicas de procedência duvidosa , mas também não deixemos de tomar nosso chá feito com carinho por nossos entes queridos que nos querem o bem.








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