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Confira os links ao longo do texto, para uma melhor compreensão! |
Antes
de qualquer coisa, quero deixar claro que este não será um
histórico deste tão querido e amado estilo musical, nem mesmo uma
menção ao festival LIVE AID que teve sua primeira edição no ano
de 1985, sobre ele você pode ler mais neste link. Mas então, por
que cargas d'água estou redigindo este texto em homenagem ao dia 13
de julho? Ora querido leitor, neste momento quero apenas compartilhar
com vocês um pouco da minha experiência (e também a de grandes
amigos) com este “estilo
de vida” que transcende e muito os compassos quatro por quatro que
embalaram seu nascimento anos atrás. Como já mencionei, não
trataremos aqui do contexto e desenvolvimento do Rock, nem de suas
várias vertentes, mas quero mencionar o
que se convencionou chamar de contra cultura.
Um
dos mais reconhecidos tipos de manifestação contracultural
aconteceu nas décadas de 1950 e 1960, nos Estados Unidos. Após a
saída deste país da Segunda Guerra Mundial, um verdadeiro
“baby-boom” foi responsável pelo surgimento de uma nova geração
que viveria todo o conforto de um país que se enriqueceu
rapidamente. Contudo, ao contrário do que se podia esperar, essa
geração desempenhou o papel de apontar os limites e problemas
gerados pela sociedade capitalista, e este fenômeno não se limitou
ao território norte-americano, em vários países, inclusive o
Brasil, a contracultura se fez presente, seja na música, artes
plásticas e cênicas, muitas vezes sendo apenas cópia do que
acontecia em algum lugar, ou atingindo autenticidade quando
proporcionava a mescla e a integração dos mais variados segmentos
da cultura local, a psicodelia tropicalista é um exemplo disto. Já
que mencionei a psicodelia, adivinhem qual foi a trilha sonora de todo
esse “fim de mundo” que foi o final da primeira metade do século
XX? Sim queridos foi o ROCK!
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Os mutantes |
Mas
como o capitalismo tem por característica a adaptação e
assimilação de praticamente tudo que nos cerca, não tardou para
que todos os símbolos e estigmas que caracterizassem o bom e velho
Rock end roll, se transformassem em produtos e negócios lucrativos,
cabelos longos, jaquetas pretas, motocicletas e é claro a música,
passaram a contribuir na manutenção e perpetuação do sistema
econômico que tanto foi alvo de suas críticas ao longo dos anos, o
código de barras se tornou a principal tatuagem nas
costas dos antes rebeldes e contestadores de outrora.
Claro
que muitos ainda resistem e reclamam pra si o título de verdadeiros,
e que desprezam mortalmente os chamados “posers”, mas afinal como
reconhecer e identificar “verdadeiros” e “falsos” roqueiros?
A indústria cultural e de massa, tornou atrativo o que antes causava
repulsa, cortes de cabelo no estilo moicano, jaquetas e calças
rasgadas, caveiras e figuras grotescas estampam vitrines de shopping
centers, grupos musicais que colocam em seus arranjos distorções e
solos muitas vezes plagiados de maneira escancarada de “clássicos”
do rock em suas músicas
“universitárias”, tele novelas e seriados desfilam em suas
trilhas sonoras bandas novas e antigas, sem nenhum critério de
avaliação do contexto do personagem ou temática em questão, nossa
eu poderia reclamar aqui por horas…
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Secos e molhados |
Mas
há esperança, sim amigos, existem ainda atitudes “roqueiras” no
mundo, acredito na essência do maio de 1968, vejo roqueiros todos os
dias nos ônibus e nas ruas de minha cidade, hoje entendo que
roqueiros não usam apenas preto, os que eu considero verdadeiros, não necessariamente estão de guitarra na mão, eles estão nos mais variados segmentos, eles estão
pintando, escrevendo, moldando, lecionando, trabalhando e estudando enquanto criam seus filhos e o que mais eles quiserem, não importa o que
façam, desde que seja com consentimento e respeito mutuo, e além de
tudo isso, é claro, o mais importante, faça amor, não faça guerra.
Ótimo texto <3
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